PHILIPPE PERRENOUD

Biografia de Philippe Perrenoud


Nasceu na Suíça,em 1994.Doutor em Sociologia e Antropologia,atualmente,é professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação,na Universidade de Genebra das áreas de currículo escolar,práticas pedagógicas e instituições de formação.
Também é diretor do Laboratório de Pesquisas sobre a Inovação na Formação e na Educação (Life), de Genebra.
Seu interesse em estudar as problemáticas educacionais surgiu durante o seu doutorado em Sociologia,quando teve a oportunidade de estudar o processo de evasão escolar e suas referências com as desigualdades sociais.
Perrenoud propõe, a partir de suas experiências na área pedagógica,um modelo educacional baseado em ciclos de três anos,no qual a criança dispõe desse período para desenvolver as competências de sua faixa etária.
CONCEPÇÕES DE ESCOLA,ENSINO E APRENDIZAGEM,SEGUNDO PHILLIPE PERRENOUD 

 A escola é o agente básico na construção das competências.
Perrenoud enfatiza que na educação básica o mais importante e significativo é que durante essa fase deve-se aprender a ler e escrever, porém o imprescindível quanto à aprendizagem é capacitar o aluno a raciocinar, exemplificar, resumir, observar, comparar, etc.
O espaço escolar deve ser além de didático e lúdico; estimulante e desafiador. A meta do ensino precisa ser: preparar o aluno para utilizar recursos na sua experiência escolar, profissional, social.
Cabe ao docente qualificar e melhorar o educando para atingir esse objetivo.
O Ensino deve ter por meta qualificar o aluno à utilização de tais recursos cognitivos. O professor tem um papel de destaque nesta qualificação, pois através das metodologias aplicadas ele qualificará e aprimorará o aluno, embora, é necessário observar e respeitar o tempo de aprendizado de cada aluno.
Philippe Perrenoud destaca que “para desenvolver competências é preciso, antes de tudo, trabalhar os problemas e projetos, propor tarefas difíceis e desafiadoras que estimulem os alunos a mobilizar seus conhecimentos e, em certa medida completá-los,”
Os projetos escolares devem provocar; devem ser vistos como uma forma de ampliar, completar e praticar o aprendizado em sala.
A aprendizagem vai além da escola que é o meio de unificação e regulação do aprendizado e deve ser sempre respeitado o conhecimento trazido pelo aluno”.
O veiculo utilizado pela escola é o ensino que deve ser sólido e bem alicerçado. A aprendizagem surge a partir da aplicação das práticas pedagógicas.
Perrenoud confia que o papel do educador é reconhecer, seguir e conduzir os alunos ao domínio dos objetivos apresentados no currículo escolar, de maneira que estes estudantes permaneçam envolvidos em suas aprendizagens e em seu trabalho na pratica de avaliações formativas.

"Escolher e modular as atividades de aprendizagem é uma competência profissional essencial, que supõe não apenas um bom conhecimento dos mecanismos gerais de desenvolvimento e de aprendizagem, mas também um domínio das didáticas das disciplinas”. ( Philippe Perrenoud )
               Algumas obras de  Philippe Perrenoud

                    LIVROS PUBLICADOS






Livro - Avaliação: da Excelência à Regulação das Aprendizagens: Entre Duas Lógicas


                                        


Resumo do livro:  As dez novas competências para Ensinar de   Philippe Perreound.

                                             

          


Relacionar os conteúdos a objetivos e esses a situações de aprendizagem. Hoje esses objetivos não podem ser estáticos, de maneira mecânica e obsessiva, e sim, do planejamento didático, não para ditar situações de aprendizagem próprias a cada objetivo, mas par identificar os objetivos trabalhados nas situações em questão, de modo a escolhê-los e dirigi-los com conhecimento de causa. O docente que trabalhar a partir das representações dos alunos, lembra-se de que, se não compreendem, não é por faltar de vontade, mas porque o que e evidente para o especialista parece opaco e arbitrário para os alunos, a competência do professor é, então, essencialmente didática.  Capacidade fundamental do professor: tornar acessível e desejável sua própria relação com o saber e com a pesquisa. 


 E para educadores e futuros profissionais
 da área de educação:    
Quais são As Dez Novas Competências
para ensinar?




1) organizar e dirigir situações de aprendizagem ;
 2) administrar a  progressão das aprendizagens ;
 3) conceber e fazer com  que os dispositivos de diferenciação evoluam ;
4) envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho ;
5) trabalhar em equipe ;
6) participar da administração da escola ;
7) informar e envolver os pais ;
 8) utilizar novas  tecnologias ;
9) enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão ;
 10) administrar a própria formação continua.
“Um professor competente nos dias de hoje: “ É um professor que consegue educar e instruir os alunos que não aprendem com facilidade dentro e fora da escola. Colocando de outra forma: a competência é mensurada em função dos desafios mais difíceis a serem vencidos.  Para determinar como isto é possível, seria necessário analisar tudo o que gera obstáculos para o aprendizado escolar, como a falta de sentido dos saberes e da falta de diferenciação das situações didáticas e das ações pedagógicas.”  ( Philippe Perrenoud, Revista Aprendizagem, edição 12 – Mai/Jun )
O profissional da educação deve estabelecer uma cumplicidade e uma solidariedade na busca do conhecimento. Para que os alunos aprendam, é preciso envolvê-los em uma atividade de uma certa importância e de uma certa duração, garantindo ao mesmo tempo uma progressão visível e mudanças de paisagem. Na escola não se podem programar as aprendizagens humanas como a produção de objetos industriais. O professor também precisa pensar na totalidade do processo: trabalhar em torno de uma situação concreta: tornar a situação um verdadeiro enigma a ser resolvido: trabalhar de acordo com a zona próxima – trabalhar com situações problemas não problemáticas, mas sim de acordo com nível intelectual de seu aluno. Utilizar a observação continua- sua primeira intenção é formativa que significa que considera tudo o que pode auxiliar o aluno a aprender melhor suas aquisições, as quais condicionam as tarefas que lhe podem ser propostas, assim como sua maneira de aprender e de racionar, sua relação com o saber, suas angustias e bloqueios eventuais diante de certos tipos de tarefas, o que faz sentido para ele e o mobiliza, seus interesses, seus projetos, sua auto-imagem como sujeito mais ou menos  capaz de aprender seu ambiente escolar e familiar. A formação escolar obriga, em certos momentos, a tomada de decisões de seleção ou orientação. E o que acontece no final de cada ano letivo, ou no final de cada ciclo. Participar  dessas decisões, negociá-las com aluno, seus pais e outros profissionais, bem como encontrar o acordo perfeito entre os projetos e as exigências da instituição escolar são elementos que fazem partes das competências básicas de um professor. A gestão da progressão dos alunos depende das representações dos professores (responsabilidade); convicção preliminar  de que cada aluno e capaz de alcançar os objetivos mínimos; a progressão é gerada no âmbito de um ciclo de aprendizagem; questionamento da organização escolar atual; operacionalização de varias formas de reagrupamento e de trabalho; questionamento dos modos de ensino e de aprendizagem articulados a busca de um Maximo de sentido dos saberes e do trabalho escolar para o aluno: remanejamento das praticas de avaliação; equipe docente que assuma coletivamente a responsabilidade de toda decisão relativa ao percurso dos alunos; progressão dos alunos, tanto em nível individual quanto coletivo, a aquisição de novas competências pelos professores no âmbito de um plano progressivo de reflexão e de formação.

Como administrar a progressão das aprendizagens praticando uma pedagogia das situações-problemas? 
 A resposta é simples: propor aos alunos situações que favoreçam desafios e que estejam ao seu alcance, levando cada um a progredir em diante. Segundo Rieben e Perfetti, cada professor deveria ser capaz de ensinar seus alunos a ler em qualquer idade, enquanto não tiverem o nível de domínio necessário ao final de uma etapa ou formação. Essa longa visão também exige um bom conhecimento das fases do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente de forma a poder articular aprendizagem e desenvolvimento dos mesmos.  O professor precisa ser experiente para descobrir as artimanhas dos alunos, mas também deve reconhecer que o silêncio concentrado não quer dizer que o aluno sabe tudo, um professor com grande experiência deve saber que as atividades que elabora por mais bem feita que sejam , nem sempre dar o resultado esperado. Os alunos que faz as atividades em pouco espaço de tempo tem menos chances de aprender, a não ser  que tenha uma imensa facilidade de absorver os assuntos, na nossa realidade, é que, em uma sala de aula durante o ano todo, poucos professores são capazes de fazer milagres, as relações entre professores e alunos devem ser de total parceria no dia a dia sempre aprimorando os conhecimentos  e a aprendizagem diariamente.
Segundo Cresas não se aprende sozinho’’, quase tudo que fazemos, normalmente, fazemos em equipe. Um dos aprendizados mais importante é aprender a conviver com as pessoas, o aluno é o sujeito principal, o dono do futuro, mas não está sozinho ele deve aprender e aceitar o apoio dos demais envolvidos, uma ação em grupo funciona melhor quando leva as pessoas  a cooperarem e aceitarem uma liderança em conjunto. É de grande importância que o professor dê todas as explicações necessárias para conseguir a atenção dos seus alunos. O professor espera que os alunos se envolvam no trabalho escolar, manifestem a vontade de estar ali para aprender junto com todos, a motivação não depende só do professor, aprender é mudar, é viver, é fazer algo novo, buscar novas perspectivas de vida, o professor sozinho não faz milagres, não é necessário que o trabalho pareça um fardo pesado na vida do aluno, deve aprender rindo,brincando, tendo prazer em construir o aprendizado.
A escola encontra-se em um processo de avanço e ressignificação e com isso o oficio dos profissionais que fazem parte dela está se transformando, caminhando para o fim da individualidade e dando vez para o trabalho em equipe, formação de um grupo de pessoas que agem juntas e colaboram em um mesmo trabalho, onde essas devem ser convidadas e estimuladas a desenvolver atividades baseadas na colaboração profissional. O trabalho em equipe é uma competência imprescindível , faz parte de um caminho para a evolução da escola e do oficio, favorecendo o enfrentamento e a analise em conjunto de situações complexas e administração de crises e conflitos. Saber trabalhar eficazmente em equipe requer uma cultura de cooperação intensa, que não se resume à colaboração, está ligada a participação ativa, a auto avaliação,  estar aberto para ela, saber encontrar e negociar as modalidades para otimizar o trabalho em função dos problemas a serem resolvidos, de forma que, todos os envolvidos tenham autonomia total e participação ativa na elaboração e desenvolvimento dos projetos e suas atividades pedagógicas, para isso, torna-se necessário que os profissionais estejam cientes dos objetivos que os unem e da responsabilidade coletiva para seu funcionamento. Uma equipe eficaz e duradoura depende de um contrato livremente negociado entre os membros, tendo convicção dos objetivos que a mantém unida e colocando em prática a cooperação como um valor profissional, sendo que, a dinâmica e continuidade dessa está sujeito as partidas e chegadas, então se trata de saber administrar, já que a mobilidade, em alguns momentos, é necessária e positiva trazendo ao grupo renovação. O trabalho baseando-se na constante reflexão, analise e auto avaliação das práticas e problemas profissionais afasta a dificuldade de expor, contrapor e submeter a avaliação e a possibilidade das constantes lastimações e comodismo, desfazendo resistências, obstáculos, paradoxos e impasses ligados à cooperação. Em todos os grupos existem pessoas que são mediadores, essas devem promover um dinâmica de envolvimento e cooperação, buscando a mobilização de todos os envolvidos, saber lidar com as crises e conflitos interpessoais, sem interferir ou suprimir a expressão, individualidade e autonomia para que essa união permaneça e se faça duradoura.
Perrenoud afirma que o professor necessita participar da administração da escola e que o mesmo precisa ser formado para os envolvimentos: Conduzir, delegar, pedir contas, negociar projetos, porém essas competência/saberes de ação não desenvolvem sem formação, sem reflexão, que estão atrelados à necessidade da junção de dois procedimentos: adesão de novos modelos na construção dos saberes e das competências que funcionem na prática, pois não somente os professores são os atores da educação, o pessoal administrativo.
Em relação à participação do professor na vida administrativa da escola, Perrenoud ressalta o interessante levantamento de que, muitos professores não gostam de fazer, alegam não terem tempo, estarem ocupados preparando aula, corrigindo prova, trabalho, o autor conclui a afirmação colocando como importante, elemento fundamental e elementar, essa participação na administração da escola.
Para efetuar a elaboração de um projeto na escola é preciso identidade, meio, segurança que nem todos nós temos, pois esses estão ligados a experiência de vida e origem social. Um professor é capaz, em geral, de formar e conduzir projetos, Em nossa cultura não é estranho “realizar projetos” se o projeto é interdisciplinar (duas ou mais disciplinas),  transdisciplinar (vai além da disciplina que ele ensina), certamente, ele vai precisar da colaboração de outras pessoas, não somente os professores, pra isso é necessário ter um bom relacionamento com a administração da escola, ( realizar um projeto que envolva: biologia, matemática, geografia), é trabalhar e um  projeto de forma coletiva para trabalhar em parceria precisa está na administração da escola.
Em muitos princípios educativos, uma escola ainda pode funcionar sem projetos, como uma engrenagem (sob o funcionamento) do serviço publico, algumas organizações escolares temiam escaparem da autoridade central, dissuadindo os estabelecimentos de terem um projeto.
 Embora possa parecer simples, mas investir recursos nos compromete responsabilidade individual e coletiva dos professores. Para que cada valor seja conscientemente utilizado, cada despesa faz parte de uma linha e deve ter autorização prévia superior hierárquica. Estamos muito longe de uma verdadeira autonomia orçamentária, com a condição de alcançar os objetivos, devido a padronização de equipamentos, material de escritório, dos recursos de ensino etc., por razões financeiras que esvazia a autonomia e de nada adianta administrar um orçamento. O aumento das competências administrativas dos professores, não oferece garantia absoluta, mas tranquiliza os que pensam que eles não têm nenhuma ideia da “realidade dos custos”.
Para administrar é necessário ter os pés no chão, pois refere-se a fazer escolhas.
Numa escola constam professores de diversas formações e nível de qualificação, alguns trabalham em turno integral ou meio turno, alguns trabalham em mais de uma escola, indo de uma para outra, e alguns trabalham muito tempo na mesma escola. Existem docentes que trabalham em “seu mundo” a portas fechadas, e solicitam repetir a turma sem participar de nenhum cometimento. Nesses casos, é comum a coordenação se limitar a elaboração de horários e vigilância de recreios.
 O primeiro lugar de participação democrática e de educação para a cidadania é a sala de aula, as qualidades mais requeridas dos professores é o otimismo e respeito, espera-se de um professor a relação elaborada e serena com o poder.
A maioria das competência, requer mudanças contra o fracasso escolar, a formação dos professores prepara-os para dominarem uma classe.
Na historia da educação, os pais Burgueses sempre controlou a escola, fosse ela publica ou particular, de maneira indiretamente através das prefeituras, do estado ou da Igreja. O único acontecimento marcante da escola no século XX foi aproximar os pais e tê-los como parceiros da educação escolar.
Perrenoud justifica que a escola obrigatória, retira dos pais o poder educativo, passando parte desta pra escola, e retirando as crianças de sua família visto que elas não tinham a vontade espontânea de frequentar a escola.  Os pais podem discutir com os professores, a melhor maneira de ensinar seu filho a ler, porém, isso só poderia ocorres através de um acordo global entre o programa da escola e as intenções e valores educativos dos pais, quando esses não se importam coma a aprendizagem, compreende-se que o diálogo não é igualitário. Entre professores e pais a relação não é simples.


Perrenoud ressalta que as reuniões de pais e professores continuam sendo um campo minado, que nem todos os pais tem uma relação serena com a escola, pois a escolaridade das crianças é vivenciada de maneira emocional pela família, ele ainda ressalta que uma reunião não é uma aula, logo os pais precisam ter respostas individuais às suas preocupações/questões. 


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Trabalho de PPP III 
Unifacs - 2013.2
Tutora patrícia Paim

Alunas:


Ana Cláudia Bispo de Jesus

Erienice Nunes Mello

Lucimara Bonfim

Nadjane Marques
Tamara Rita
Valquíria Santos da Silva


 
       

 

 


3 comentários:

  1. Ficou muito boa a organização da produção de vocês!
    Patricia Paim

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Como que ele nasceu em 1994 e e publicou em 1999, passem as informações certassssss

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